quarta-feira

Condenado a morte sobrevive após 18 tentativas de execução



Romel Broom foi condenado a morte por seqüestrar, estuprar e matar uma menina de 14 anos em Cleveland, USA.

Desde 2006 o estado tenta aplicar a pena porém sempre algum problema na aplicação e ou recurso era impetrado e havia o adiamento. Após 25 anos preso no corredor da morte, nesse ultimo mês de outubro de 2009 a tão angustiosa execução para uns e aguardada para outros seria aplicada, se não fosse o feito histórico protagonizado pelo condenado.

Seguindo o protocolo a execução foi iniciada no horário exato determinado pelo juiz, e uma equipe médica iniciou os procedimentos que eram: uma aplicação de um sedativo, depois uma outra aplicação de uma dose que paralisa o diafragma e impedi a respiração e por fim uma outra dose de um outro medicamento que para o coração.

O condenado suportou cerca de duas horas de picadas de agulhas em ambos os braços e tornozelos, no total foram cerca de 18 aplicações onde nenhum efeito foi obtido.

Após as incansáveis aplicações o responsável entrou em contato com o governador do estado que optou pelo adiamento da execução para verificação do que poderia ter ocorrido.

A equipe médica afirmou que o condenado colaborou com o procedimento com todas as movimentações necessárias para encontrar veias, e o mesmo afirmou que foi um processo muito angustiante ter que assistir a tentativa de sua morte e ter que passar por aquilo sem saber a que momento chegaria o fim de sua vida.

Muita discussão foi criada por isso. A primeira é que, uma vez feito o juramento ético, um médico não pode se disponibilizar para efetuar sentenças de morte, vez que seu juramento visa salvas vidas e não causar sofrimento. A segunda é que o método de injeção letal foi adotado com o intuito de evitar sofrimento e apenas aplicar a pena, sem que o condenado tenha que sofrer nem presenciar sua morte, fato esse que não aconteceu nessa execução. A terceira seria que aplicar uma nova pena nesse condenado seria aprovar métodos de tortura, que vai contra a constituição americana.

No mais, muita discussão será ainda criada pelo ocorrido, e todas elas são pertinentes e de fato plausíveis, cabe a cada um se posicionar e principalmente ao Estado americano tomar providencias para que suas normas e aplicabilidade sejam cumpridas efetivamente.

De duas uma: ou esse cara é muuuito ruim mesmo pra não morrer em tantas tentativas, ou é uma espécie tipo o Huck, sei lá.